Entretê
Uma cafeteria de Cuiabá ganhou um campeonato nacional de torra de café, realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. Fundada em 2018 e pioneira em Mato Grosso, a Amado Grão foi a única cafeteria selecionada no estado. A premiação ocorreu na sexta-feira (12) em Belo Horizonte (MG).
O ‘Desafio de torrefações’ ocorre uma vez ao ano e reúne empresas no país inteiro. A cafeteria mato-grossense foi representada pelo barista Rubens Vuolo Neto e pela mãe dele, Vanessa Vilá de Arruda. Eles fizeram questão de carregar uma bandeira de Cuiabá no momento da premiação.
Se inscreveram 54 cafeterias brasileiras, a maioria do eixo São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. As torrefações foram pré-selecionadas. A Amado Grão se destaca com a cafeteria, a torrefação e escola de café.
“Foi a minha primeira disputa e também a primeira do Amado Grão. Fomos na final com o blend, que é uma mistura entre os cafés, para enviar para o campeonato. Tínhamos que fazer a mistura, fazer uma embalagem personalizada e fazer a descrição do café”, explicou Rubens ao Leiagora.
A organização do evento selecionou três cafés diferentes: um robusto amazônico, que é de Rondônia. É um café considerado muito particular e forte. E selecionou outros cafés arábicos do eixo Minas e Espírito Santo.
A cafeteria tinha que enviar a embalagem aos jurados do campeonato.
“Eles avaliaram a qualidade do café, a qualidade da embalagem, a criatividade na embalagem e julgaram a descrição na embalagem do café. Ou seja: a gente descrevesse que tinham notas e amêndoas, rapadura, melaço, e os avaliadores profissionais confirmassem, você ganhava ponto por isso”, comentou o barista.
No entanto, a cada sabor apontado errado ou omitido, o risco era perder pontos.
“A ideia era como se fosse apresentar para o consumidor uma ideia real do café. Tínhamos que desenvolver a melhor torra e o melhor equilíbrio entre os três cafés”, disse.
A cafeteria cuiabana ficou com a segunda melhor pontuação do país. Os três maiores pontuadores foram para a final em BH, na Semana Internacional do Café (SIC). O evento reuniu produtores de café, cafeterias e empresas que fornecem equipamentos e máquinas do setor.
A ‘prova final’ foi a produção de um café expresso feito pelas torras de cada cafeteria. Com o tempo contado, Rubens e a mãe entregaram a bebida aos organizadores. Ele fez a execução do café e Vanessa cuidou da separação dos grãos e embalagem.
“Foi o primeiro evento de café que participei e chegar lá com essa conquista foi incrível e maravilhoso”, comemorou Rubens. O barista voltou para casa com um troféu e espera divulgar ainda mais o trabalho com o café.