A Parada da Diversidade de Cuiabá está sendo formulada, repensada para o atual momento social de cuidados coletivos, mas já traz duas novidades: será realizada, pela primeira vez, no formato virtual, e será ampliada para todo o Mato Grosso, com a finalidade de propor políticas públicas contra a homofobia de abrangência estadual.
Esta é a 18ª edição da manifestação coletiva, suspensa em 2020, em função da pandemia da covid-19, com o nome agora de “Parada da Diversidade de Mato Grosso”. O tema, o canal de transmissão, a programação e a data devem ser definidos nas reuniões da comissão organizadora das próximas semanas.
Mas já é possível antecipar que estão previstos seminários, audiências públicas e debates sobre assuntos relevantes para a comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e travestis, queers, pessoas interssexo, assexuais e outras de gênero ou orientação sexual diferentes da cisheteronormatividade), como saúde, educação, políticas públicas, violência contra as pessoas do grupo, emprego, cidadania e família.
O ato público anual busca mudanças sociais de forma a ser “ferramenta de visibilidade para todas as pessoas que lutam por uma sociedade justa, fraterna e solidária”, segundo a organização da parada.
Para os organizadores da parada, “a luta pela conquista dos espaços permeia o respeito de toda a população pelo afeto, amor nas orientações sexuais, identidades de gênero, raça, religião e também nas ideologias estampadas pelas cores das bandeiras dos movimentos”.
“Neste momento de pandemia, em que mais de 550 mil pessoas perderam a vida por conta da covid-19, é preciso pensar que, mesmo não podendo ir às ruas levar a alegria das cores, é importante continuar debatendo, mesmo virtualmente, o racismo, o machismo e a LGBTfobia, que continuam matando a população LGBTQIA+”, registra material de divulgação do movimento.