Tylcéia Tyza – Gazeta Digital
última edição das Olimpíadas aconteceu em Tóquio, no Japão, e chamou a atenção pelo número recorde de medalhas conquistadas pelo Brasil, com 21 em seu total. Dessas, 2 foram obtidas somente pela ginasta Rebeca Andrade, 22, sendo uma de ouro por salto sobre a mesa, e uma de prata pela ginástica individual geral.
Por conquistar uma medalha de ouro na ginástica artística, Rebeca realizou um feito nunca antes visto pelo Brasil, e trouxe ao país, a primeira medalha de ouro nesse esporte olímpico.
Com a vitória, Rebeca Andrade tornou-se muito conhecida tanto no Brasil quanto fora dele, chegando a receber elogios pelo seu desempenho da maior ginasta olímpica atual, a norte-americana Simone Biles, 22.
Além de competir pelo país, Rebeca contribuiu para a promoção da ginástica olímpica. Somente em São Paulo, a busca cresceu em até 40% nas academias, e em Brasília, capital do país, já foram registrados aumentos na procura pelo esporte desde o fim dos jogos em agosto deste ano. Felizmente, aqui em Cuiabá, não foi diferente.
Na grande capital mato-grossense, a ginástica artística ainda não atingiu grande proporções, e até o momento, Cuiabá conta apenas com uma academia ativa voltada para ginastas; a Ginástica Artística de Cuiabá, fundada pela ex-campeã nacional de ginástica artística, Dyana Silva.
A atleta atuou como ginasta durante 12 anos no Estado de São Paulo e Sergipe, e em 2017, fundou aqui em Mato Grosso, a sua academia para ensinar e orientar futuros ginastas.
A ex-ginasta Dyana, contou que após as olimpíadas, o esporte tem vivido boas fases, e que a procura aumentou muito em sua academia. “O nosso esporte realmente sente esse boom pós momentos: pós-Daiane, pós-Daniele, pós-Jade, pós-Flávia. Agora estamos no momento do auge do rendimento da Rebeca; tivemos uma melhoria significativa no número de alunos e interessados”.
Entre os novos alunos, estão Valentina, 8, e Yanni, 6, que são recém-chegadas no esporte, e vieram por influência de filmes, que foram reforçados com a presença da Rebeca Andrade nas Olimpíadas, contou a mãe orgulhosa, Gleisielle Carvalho. “Elas sempre foram inspiradas por esses filmes, e quando veio a Ginástica Olímpica [nas Olimpíadas de Tóquio], elas começaram a me pedir [para ter aulas] ainda mais. […] Elas quiseram fazer por conta dessa inspiração, e como este ano foi olímpico, houve um reforço; a Rebeca teve uma parte sim.”
As pequenas atletas começaram cedo, mas Dyana Silva garante que o esporte não tem limite de idade e pode ser praticado por todos. “Basta ter interesse, a parte mais difícil é sair de casa e chegar no ginásio, aqui iremos aprender muito juntos praticando o esporte. Dedique-se, queira aprender e dê o melhor de si. Assim, não formaremos atletas, mas pessoas prontas para qualquer situação da vida”.
Além dos benefícios corporais na prática de um exercício físico, Dyana explica que o esporte proporciona aos alunos um estímulo nas capacidades físicas, instinto de sobrevivência, superação e até rendimento físico, trabalha em situações que o medo limita o indivíduo, aumenta a autoestima.
Prova disso são as irmãs Valentina e Yanni que, segundo a mãe, estão apaixonadas pelo esporte.“Elas acordam dispostas, com vontade de fazer as coisas, de se preparar… Elas se alimentam melhor, têm hábitos mais positivos, têm mais disciplina, me ouvem mais. Melhorou em todos os aspectos. Acredito que elas vão perdurar no esporte por muito tempo” contou a mãe e terapeuta Gleisielle.