Sebastião Salgado morre aos 81 anos em Paris

Luto na Fotografia Mundial

O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. A causa da morte foi uma leucemia grave, decorrente de complicações de uma malária contraída em 2010, durante uma viagem à Indonésia . A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado.

Nascido em 1944 em Aimorés, Minas Gerais, Salgado formou-se em Economia antes de se dedicar à fotografia a partir de 1973. Ao longo de sua carreira, percorreu mais de 120 países, documentando questões sociais, ambientais e humanitárias. Seu trabalho em preto e branco destacou-se por retratar a dignidade humana em meio a contextos de desigualdade e sofrimento.

Entre suas obras mais emblemáticas estão os projetos “Trabalhadores”, “Êxodos”, “Gênesis” e “Amazônia”, este último resultado de uma imersão de sete anos na floresta amazônica e nas comunidades indígenas da região. Seu legado inclui também o documentário “O Sal da Terra” (2014), codirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado e pelo cineasta Wim Wenders, indicado ao Oscar de Melhor Documentário.

Além da fotografia, Salgado dedicou-se ao ativismo ambiental. Em 1998, fundou o Instituto Terra, responsável pela recuperação de mais de 700 hectares de Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, e pela reintrodução de cerca de 300 espécies vegetais nativas .

Sebastião Salgado deixa a esposa, Lélia, dois filhos, Juliano e Rodrigo, e dois netos. Sua obra permanece como um testemunho poderoso das lutas e belezas do mundo, influenciando gerações de fotógrafos e ativistas.

Compartilhe esta notícia
Sugestões, Pedidos e Releases
Escanear o código