A cuiabana Ruth Albernaz está concorrendo ao Prêmio PIPA On-line 2021 e todos podem votar nela – e em outros dois artistas – para ter Mato Grosso representado pela primeira vez por uma mulher na mostra competitiva nacional. São duas etapas e, nesta primeira, que segue até sábado (21), a artista visual precisa de 500 votos. Até a publicação desta matéria, ela estava com 241.
O Prêmio PIPA é um dos mais importantes prêmios de artes visuais do país, organizado pelo Instituto PIPA desde 2010. Já passaram por ele os artistas mato-grossenses Gervane de Paula, Babu 78 e Benedito Nunes.
“O meu trabalho é voltado para a temática ambiental, uma temática que tem a ver com os saberes ancestrais, com os conhecimentos ligados ao xamanismo, às benzeções e aos trabalhos de cura”, comenta a artista plástica, em vídeo de divulgação da trajetória artística dela.
Dentre as 59 obras concorrentes, há obra de outra mato-grossense, a alto-araguaiense Lorena Ferreira, mas que, desde 2008, trilha outros caminhos e mora, atualmente, na Espanha. Nesta edição, não há representação masculina de Mato Grosso.
O PIPA On-line é a categoria do prêmio realizada inteiramente na internet e a única na qual todos os artistas da edição vigente podem participar. Este ano, 59 dos 64 artistas fazem parte da votação. Assim como nas edições anteriores, o PIPA On-line acontece em dois turnos. Os artistas que conquistarem 500 votos ou mais na primeira etapa se classificam para o 2º turno, que vai de 29 de agosto a 04 de setembro. Ao fim do 1º turno, os votos são zerados e a contagem recomeça.
Nesta primeira etapa, para que o voto seja computado, é necessário escolher três obras/artistas, que estão organizados por ordem alfabética. Nas etapas de validação, é necessário informar e-mail e código de verificação.
A mostra competitiva terá dois vencedores: os artistas com maior número de votos ao final do segundo turno. O prêmio é uma doação de R$ 5 mil.
A artista
Ruth Albernaz é artista-bióloga; pós-doutoranda em Ensino na Amazônia; doutora em Biodiversidade e Biotecnologia, 2016; autodidata em arte, com pesquisa e produção artística voltadas para as conexões entre ser humano-natureza, cura/cuidar, saberes ancestrais e conservação da sociobiodiversidade. Ela produz pinturas, objetos, instalações e ilustrações. Atualmente, é uma das curadoras do Salão de Jovem Arte de Mato Grosso. O ateliê dela é em Cuiabá e o refúgio, em Chapada dos Guimarães.