Fonte: Olhar Direto
Em meio a pandemia do novo coronavírus, Khadyge ou Rodrigo precisaram tomar a decisão sobre qual dos dois iria abandonar o emprego para poder cuidar da filha, que não estava mais indo na creche. Khadyge não poderia deixar seu emprego, visto que é gerente de duas clínicas odontológicas, uma em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e outra em Cáceres (a 219 km de Cuiabá). Então Rodrigo deixou seu emprego para cuidar da criança.
A alternativa encontrada para que a família não tivesse tantos problemas financeiros com Khadyge sendo a única que estava trazendo renda para dentro de casa foi abrir um restaurante. Rodrigo ficou responsável pela administração, enquanto sua esposa e sogra comandam a cozinha.
“Eu cozinho desde os 12 anos de idade. Aprendi desde pequena. Na nossa cultura, a gente aprende desde pequeno a estar dentro de uma cozinha”, conta em entrevista ao Olhar Conceito.
O nome escolhido para o restaurante foi Chafic, mesmo nome de seu avô, Chafic Araji, que mudou-se para o Brasil na década de 1950 junto do pai de Khadyge e também teve uma lanchonete para chamar de sua, sendo apaixonado por culinária e gastronomia. A homenagem vai para além do nome, com uma caricatura que se tornou um “personagem” recorrente nas redes sociais do restaurante.
“Ele iniciou com uma lanchonete na cidade de Maracaju [MS]. A vida dele sempre foi lanchonete e cozinha. Meu avô cozinhava muito bem. Então foi uma homenagem pelo que representou na nossa vida. Eu sinto o cheiro da comida dele até hoje. Ele faleceu tem 20 anos, mas eu sinto o cheiro da comida dele até hoje”.
O Chafic tem as receitas clássicas em seu cardápio: esfihas de carne e frango, charuto de uva e de repolho, quibes, homus caponata, babaganush e coalhada seca. Ainda deu para inovar, pensando em versões veganas para quem não é adepto aos derivados de animais, sendo possível aproveitar quibe de abóbora com recheio de caponata, esfiha de batata e de escarola, além de charuto de repolho com grão de bico.